Apesar da empreitada da descrição dos espectáculos do CATS estar mesmo no fim, vou ter de fazer um pequeno intervalo... a vida prega-nos partidas, e esta partida tem prioridade óbvia em relação ao CATS.
Fez hoje de manhã, às 7h30m, uma semana que o meu Avô partiu sem se despedir. Cá em casa aguentamos como podemos, tentamos rir, tentamos seguir em frente, mas ele está sempre aqui... até o Kique chorou à noite e teve de adormecer de luz acesa. Assistir aos derradeiros minutos do meu avô... ainda não sei bem o que sinto, pois apenas me apercebi que havia chegado o fim quando os enfermeiros do INEM começaram a fazer a reanimação. O meu avô já não respirava... e esqueceu-se de nos avisar... apesar de tudo ainda tinha esperança de que o conseguissem ressuscitar antes de chegar ao hospital, mas não... apenas ouvimos as piores notícias.
O mundo desabou. E de repente, o meu avô que muitos defeitos tinha... já nada importava. A única coisa que restou foi aquilo que ele tinha de bom, os últimos momentos de afecto que demonstrou a mim, à minha mãe, ao Kique e principalmente ao meu pai... o qual basicamente o ignorara toda a vida... sim porque sacrificar-se para lhe pagar os estudos mas não lhe dar amor nenhum, não é um grande sacrifício.
Hoje fiz este vídeo... não só para o meu avô, mas para todos nós... a música que escolhi foi "Never Gone" dos BackStreet Boys: o meu avô estará para sempre connosco.
Aqui fica a tradução mais ao menos escrita no joelho... dá para ter uma ideia pelo menos:
"Tudo o que fizemos, o que dissemos
Volta sempre à memória e faz-me sorrir novamente
Mostraste-me como enfrentar a verdade
E tudo o que há de bom em mim a ti o devo
Apesar da distância entre nós
Parecer agora grande demais
Jamais nos separará
Lá no fundo sabes que estás...
Sempre presente, nunca distante
No meu coração habitas
Sempre por perto, todos os dias
Em todos os percalços do caminho
Apesar de agora termos de dizer adeus
Sei que para sempre farás parte da minha vida
Sempre presente...
Ao caminhar entre ruas isoladas
Não há um segundo em que não estejas comigo
O amor que me deste, as graças que me mostraste
Serão a minha fortaleza e o meu apoio
De alguma maneira encontraste maneira
De ver o que de melhor há em mim
E enquanto o tempo existir
Juro-te que estarás
Sempre presente, nunca distante
No meu coração habitas
Sempre por perto, todos os dias
Em todos os percalços do caminho
Apesar de agora termos de dizer adeus
Sei que para sempre farás parte da minha vida
Sempre presente para mim
Se há algo que sei com certeza
É que nos voltaremos a encontrar ao longo deste caminho...
PARA O MEU AVÔ
MAS ESPECIALMENTE PARA O PAPÁ, A MAMÃ E O KIQUE
Muito obrigada a todos aqueles que têm sido o meu pilar neste momento de dor... vocês sabem quem são...
...
De vanessa Duarte a 18 de Junho de 2007 às 14:11
Gostei imenso do blog...ta mxm fixe...Levamos a pensar o k vai ser de nós quando as pexoas k amamos desaparecerem sem sequer se despedirem...e ixo k mais doi...n haver despedida...e dpois pgtamo-nos o porquê de n termos aproveitado todos os momentos que paxamos com elas...O meu avô tb n e uma pesssoa facil...e nao se da mt bem com a mnha mae...e isso custa-me imenso...ha dias em k estou farta dele...mas ele tem um problema de coração e ja lhe deram ataques algumas vezes...tnh smp medo k um dia seja de vez...e aí, mesmo depois de tudo, sei k vou sentir mt a falta dele...hoje fixext -me perceber k tnh de aproveitar todos os momentos k tenho com ele...as fotos fixeram me chorar!só espero k superes isto.bjinhos e forxa
De nokinhas a 30 de Janeiro de 2007 às 18:02
Sónia
Fiquei hoje a conhecer-te melhor e considero-te, sem sombra de dúvida, uma jovem excepcional. Parabéns pelo teu blogue.
A partida dos nossos, embora inevitável e, desde sempre o sabemos, deixa-nos sempre tristeza e dor, mas o tempo é o melhor remédio para amenizar, não esquecer, o nosso sofrimento. Desejo tudo de bom para ti e para os teus pais. Não vou esquecer-me do Kiko: uma festinha para ele, fiel companheiro de tantos anos.
Pare ti um grande beijinho
Leonor Costa
De M.F. a 19 de Janeiro de 2007 às 23:57
Sónia
Realmente, quem amamos de verdade nunca parte do nosso coração. E tu mostra-lo bem nesta bela e sentida apresentação.
Tens uma família muito especial que nenhuma distância será capaz de desunir.
Nesta jornada complicada que é vida, já levas na bagagem o imprescindível para alcançares o sucesso, a felicidade e a paz interior; muito amor implantado dentro de ti.
Beijinho
*Escreves muito bem. Com paixão.
Parabéns pelo belo trabalho do “Cats”. (tenho acompanhado)
Nunca desistas dos sonhos, Zia.
A vida sem estes aflige.
De Adérito Machado a 19 de Janeiro de 2007 às 13:11
É uma situação que passa por todos, mais cedo ou mais tarde, mas dói sempre. Li o post que me comoveu muito, não conhecia o teu avó ...mas conheço o Zé Gomes, vi igualmente o vídeo com muita atenção e comoção, por vezes vemos e sentimos nas imagens e nas palavras escritas outros que nos foram queridos... coragem a todos. Adérito Machado
De Milú Gomes a 18 de Janeiro de 2007 às 21:40
Tudo no universo sofre a lei da transformação...As coisas nascem, crescem, desaparecem e retornam, com o mesmo movimento infinito de AMOR...as coisas nascem, crescem, desaparecem e voltam, com o mesmo movimento infinito de AMOR.. as coisas falam eternamente umas com as outras, sem terem em conta o Tempo nem o Espaço.
(Sabedoria Ameríndia)
Obrigada pelo teu Amor.
Beijos,
Mamã
Olá Sónia, muito bem! Muito bem mesmo!
Gostei deste "desabafo", que está bonito e que tem, para além do mérito de fazer "falar" sobre tudo isto, também te faz exorcizar as dores, ajudando ainda aos teus Pais a exocizarem as deles.
Parabéns pelo trabalho.
Beijos
Maria Mamede
De
wind a 18 de Janeiro de 2007 às 11:54
Bonita homenagem que fizeste aos teus!
És uma pessoa especial:)
Beijos
De José Gomes a 18 de Janeiro de 2007 às 09:14
Não seo o que dizer, filha.
Foi uma semana para esquecer... o partir do teu avô deixou-nos a todos sem palavras. Foi um "baque", uma espécie de murro no estômago que me deixou como que anestesiado.
Depois o susto que nos pregou a tua mãe... e para completar a roda da vida o susto que nos estás a pregar!
O meu Pai partiu em paz, no embalo do nosso carinho e no conforto do nosso amor.
Deixemo-lo seguir o seu Caminho...
O teu trabalho, apesar de ter sido feito em cima dos joelhos, mostra o teucarinho e o teu amor pelo teu avô... e ele esteja onde estiver, está contente pela homenagem que lhe fizeste.
Um beijo, filhota e obrigado.
JG
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