“I’d a voice that would soften the hardest of hearts whether I took the lead or in character parts […] and I say now these kittens they do not get trained as we did in the days when
No silêncio da noite, toda a atenção concentra-se num gato que se tinha juntado aos Jelicais na cena anterior. Sentado numa lata de tinta, o velho gato olha fixamente para o público. A seu lado, olhando-o com uma ternura incrível, está Jellylorum e é pela voz desta que nos é apresentado um dos candidatos mais prováveis a ascender à camada celestial.
Trata-se de Aspargus, ou simplesmente Gus, o Gato do Teatro[2], um actor famoso e aclamado no seu tempo e que se sente muito orgulhoso dos seus feitos. Hoje, um felino velhinho de ar triste que sofre de paralisia que lhe faz tremer as patas, vive das suas memórias e passa a maior parte do seu tempo nas traseiras do bar vizinho, relembrando a quem queira ouvir histórias de um tempo em que andava na ribalta.
É então que meio trôpego Gus pega nas rédeas e decide contar-nos (com um certo exagero) sobre as suas escapadelas e travessuras, reivindicando que “nada se iguala – pelo que ouço dizer – aquele momento de mistério, em que eu fiz história como Firefrorefiddle, o Demónio das Montanhas.”
Gus, conta-nos Jelly, actuou com actores de renome como Irving e Tree[3] e até entrou de rompante numa produção de Shakespeare quando um actor mencionou a necessidade da presença de um gato. Mas Gus, com a sua voz doce, revela-nos que acha que os gatos do teatro de hoje em dia não são tão empenhados quanto os gatos do seu tempo, os tempos mudaram e os gatos também... e então Jelly encoraja a audiência a aplaudir Gus!
[1] “Eu tinha uma voz capaz de amaciar o mais duro dos corações, quer fosse em papéis secundários ou principais [...] e digo-te que agora estes gatitos não são treinados como nós éramos quando Victoria reinava, eles nunca ficam muito tempo numa trupe e pensam que são espertos por saltar o aro”
[2] A relação entre estes dois gatos não está bem definida, mas a mim quer-me parecer que Jellylorum é filha de Gus ou então alguém muito chegada a ele...
[3] Sir Henry Irving (1838-1905) foi um dos nomes mais sonantes entre os actores britânicos do século XIX; Sir Herbert Beerbohm Tree era um actor e produtor britânico notável pelas suas dispendiosas produções de Shakespeare (1853-1917)
Todas as tags deste blog
Anastasia
Todas as tags deste blog
:::luas recentes:::
:::noites passadas:::
::: links :::
Anime News
Network
Astérix et
Obélix
BeeHive
Best Anime
Blog da Pimentinha
BRB Internacional
Broadway
Broadway -
The Lion King
Catedral
Christian Kurrat
Chuviscos
Misteriosas Cidades d'Ouro
Disney
Disney on Broadway
Do What You Dream
Door to Fantasia
Kemet
Kiss Me Licia
Liquid Experience
Me, Myself and I
Movimentum...
Movimentum 2...
Mulher dos 50 aos 60
NASA
National Geographic
Niekonczaca Sie Opowiesc
per-Bast
Photograhy Directory
The NeverEnding
Story
The Temple of Bast
The Universe of Shoujo Manga
Timor
Aid
Tintim
TV Series
TV Wunschliste
:::favoritos:::
:::tags:::
subscrever feeds